Se os atores não reagem, os personagens não evoluem. E, se eles não evoluem, não envolvem – ou, ao menos, não envolvem o espectador que já não foi para o cinema seduzido e determinado a se encantar. No caso de Crepúsculo, esse espectador é maioria, claro. Mas também era no caso de Harry Potter, por exemplo, e no entanto o time dessa outra série nunca deixou de tentar (ainda que nem sempre com sucesso completo)* dar sempre o melhor de si. Nem vale a pena se deter em disparates como a tranquilidade com que a mãe de Bella deixa que a filha de tenros 18 anos se case, ou a bizarra escolha de um vampiro pelo ensolarado Rio de Janeiro (com ruas apinhadas de gente sambando, é óbvio) como destino de lua de mel – esse tipo de tolice brota naturalmente em um terreno como este. [...]A matéria pode ser encontrada na edição 2244, página 205. "Mas que gente mais blasée”.
Feita por Heitor Garcia